li tuas palavras
como que te ouvindo dizer
com os olhos marejados
e transpirando ódio de mim
(ódio e amor a coexistir).
Falavas sobre mim
e sobre ele,
fazendo-se falar por ti
e por ela.
Falavas que sim,
há amor em ti,
há amor ali,
há amor por mim
entrelaçado ao amor
como o nó
que não se desfez
-na época. Hoje, não sei-
era impossível
destilar a dor
coexistiam, então,
ódio e amor.
Antagônicos no Aurélio.
No sentir, não.
Você dizia
- você volta,
ele volta
e faz mal.
Eu bem sabia.
Ora, eu via,
mas não queria admitir.
Depois de um tempo
percebi que sim
eu voltava,
ele também
e fazia mal.
Fazia mal,
aparentemente,
inclusive o existir.
E eu não voltei.
Ele, não sei.
Digo por mim:
não volto a te ver,
não torno a ti
te amo daqui
e sinto teu ódio
e amor por mim.
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