a mim, contigo, escancaro a capacidade de te olhar e te ouvir falar por horas sem me ofender com os amores passados os vividos, os experimentados. Sem me ofender com os amores de hoje, aqueles que, num relance, se apaixona e se sonha uma vida. Te ouço falar do amar, do sonhar, do perder, do trair. Te ouço falar do prazer, não com desprezo, tampouco com nojo ou fascínio. Te ouço falar com desejo o desejo que sente e que sentiu por outras mulheres, minhas irmãs. E isso não me enciuma e isso não me ofende, nem deveria, não tem porquê. Teu amor por elas o que já foi, o que ainda é, o que um dia poderá ser alimenta, de forma peculiar o meu amor por ti.