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Sobre mim

Oi, eu tenho defeitos.

Iniciar esse texto com essa frase é realmente libertador para mim. Poder assumir que eu sou chata pra caralho, absurdamente ridícula, procrastinadora ad aeternum, manipuladora (às vezes). Eu tenho defeitos e olha, é isso que me faz gente.

Às vezes eu acabo olhando demais pra esses defeitos, outras vezes eu olho de menos. Gosto quando me vejo pura. Thaís Alanna: poesia sem métrica nem rima, um defeito literário concebido na crueza humana.

Quase sempre me pintam enquanto poesia imaculada. Um belo sorriso, extremamente simpática, a imagem da justiça, decidida, aquela que sabe o que quer, apaixonada pelo que faz, sensibilidade em forma de gente. Mas não sou isso. Quer dizer, sou também, mas não sou isso. Assim como não sou  meus defeitos. E o que eu acho mais gostoso é que ser meus defeitos não exclui a possibilidade de ser minhas qualidades.

A beleza da vida é essa.
A beleza do existir é isso.
É contradição
inconstância.
Propriedade e impropriedade
coexistindo.
Existir não é .
A essência
é a coexistência.
Em tudo.
Comigo
com os outros
com o mundo.
Coexisto.

E quando se aproximar de mim, eu sou esse sorriso bonito que costumam elogiar sim, mas eu também sou de uma grosseria ímpar (é sem querer, eu juro, às vezes nem percebo). Comprometo-me a receber-te de bom grado e mostrar quem sou. Pode demorar, mas tem paciência que eu apareço como numa dança, rodopiando sozinha. Sendo.

Antes de ir, deixo aqui essa musiquinha boa de ouvir: Viagem.

Até a próxima, eu mesma!


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