Teus olhos parecem sempre concentrados em algo.
Ao te conhecer, te elogiei as sobrancelhas.
Elas, sérias, ornam com teu olhar.
Te ouvi tocar pela primeira vez
curtindo deliciosamente o som gostoso
e melancólico que pairava.
Te li falar de amor e me identifiquei
sem nem nunca ter dado um "oi",
pensei "o amo, é certo!"
e te amava por amar como eu.
Te conheci por acaso, sem querer,
por amizades em comum
e uma tarde de conversas
sobre o morrer.
sem nem dar tempo a um abraço.
Pouco depois, uma promessa:
"a próxima vez que te ver, vou
te dar um abraço gostoso!"
promessa cumprida
numa passagem de corredor.
Tempo passa, vai e volta,
reviravolta e de novo o amor!
De novo o amar igual,
tanto as pessoas, quanto
o tédio e um dia chuvoso.
Uma madrugada de conversas
sobre o amar, o doer, o faltar...
Sintonia que não me assusta,
do contrário: acalenta.
Dia desses eu quis colo e cafuné,
mas, curiosamente, fui teu colo
e te fiz cafuné e, assim como seria
se eu tivesse recebido: foi bom!
Hoje vi teu sorriso numa foto
e me veio isso:
meu amor por ti (d)escrito.
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