São dias que a gente dói e nosso sangue escorre na pele de um outro alguém São dias de lágrimas sinceras, de peito apertado a ponto de faltar o ar São dias que a gente grita a repulsa à existência que outrora nos fascina São dias de "não aguento mais" "não consigo estar aqui" "ainda tenho que fazer isso" São dias recheados de deveria de tenho que São dias em que a gente ignora os poderia os acontece os tudo bem São dias em que o absurdo se apresenta e a gente abraça e a gente acata a sugestão. No fundo, querendo e repetindo que não: a gente, de alguma forma, se esgota, se mata cessando a reclamação.