o meu corpo de mulher desfalece morro a cada sussurro das vozes que desconheço cortam-me os toques de mãos ásperas reajo à servidão e escravizo-me . faço-me pensar que não posso existir se pudesse, não doeria . ouço as pessoas conversando em corredores elas falam de algo que eu não sei o que é . sinto-me constantemente lesada e não me oponho a isso como me opor a mim mesma? . sinto falta de tudo que um dia já esperei e me desespero pela falta imensa . esquartejada, faço-me caber num lugar que não é meu . ocupo espaços inadequados há tanto tempo... há sempre algo que eu possa tirar de mim