imersa em desespero espero resposta ao que não foi questionado, o inexistente presente aqui. pressinto a calma, ela anuncia onda forte e me afogo. não quero continuar em mim.
pensei em sumir, mas tive um pouco de medo o que me faria correr de mim? ao ver o prato à minha frente pensei que não comeria pensei que não morreria aos poucos, comi. vi gente entrar e sair três pessoas diferentes sentaram à mesa comigo aos poucos, morri.
às vezes te vejo nos cantos às vezes sonho contigo, mas nunca é você, você nunca existe tua imagem me perturba como a minha já te alucinou eu aceno e noto que você não está ali deixo escapar teu nome e vejo que não é teu corpo as coisas tem melhorado e algumas tem estado bem pior te sinto falta te gostaria por perto suspiro de alívio (por você não existir) e de tristeza (por não existir você)
Finjo palavra dita e a esqueço entre espaços vazios absorvo negatividade sustentando inexistência na escala vazia Inquilino de mim mesmo, não me cobro e não pago deixo a cara e a conta pendurada e meu pescoço também Finjo palavra não dita e finjo querer dizê-la. Minto porque não sei escrever.